Como os experimentos podem ajudar na validação de hipóteses de solução

OmniChat
3 min readOct 14, 2021

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Douglas Bordin

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Você já deve ter visto algo sobre a importância de testar o produto com o usuário para chegar na solução mais adequada e garantir um desenvolvimento limpo e consistente, reduzindo a margem do erro ou de entregar algo sem valor real.

Mas, e se bem antes disso, dedicássemos um tempo para experimentar livremente diversas possibilidades?

Atualmente estamos explorando uma etapa entre a entrevista e os testes: a de experimentos.

Partindo de algumas hipóteses (do resultado de uma longa pesquisa) e a aproximação com alguns clientes chave, separamos três experimentos e desses, escolhemos aquele que fazia mais sentido (neste momento) com os objetivos de entrega do produto e o que o cliente precisa ou espera.

A ideia do experimento é conseguir testar uma hipótese com o mínimo de esforço técnico possível . Isto é, desde o design com telas e protótipos simples mas principalmente no desenvolvimento onde o melhor cenário seria zero.

Ainda é possível ir além disso, e foi o que fizemos. Seguindo nossa hipótese, levantamos os pontos que gostaríamos de testar e sem layout e nem desenvolvimento, simulamos o comportamento do que queríamos testar de forma manual, fazendo o acompanhamento direto na plataforma em tempo real e executando a ação (de teste) de forma manual.

Como foi o processo

A partir da definição do que queríamos testar e como faríamos isso sem nenhum protótipo ou desenvolvimento, levamos ao cliente parceiro que topou participar do experimento.

Este cliente em questão possui várias lojas ativas na OmniChat e, para decidir quais seriam ideais para o experimento, analisamos dois pontos: os números de cada loja a partir de relatórios da plataforma e as sugestões por parte do cliente. E, assim, definimos 3 lojas que participariam do experimento.

Com tudo organizado, iniciamos conforme cronograma. Estávamos em 3 pessoas, cada um responsável por uma loja. Acompanhamos estas lojas por uma semana, e durante este período executamos manualmente a ação que hipoteticamente resolveria o problema em questão.

Aprendizados

Ao acompanhar de perto como nosso usuário opera a plataforma, conseguimos ver coisas além do que estávamos buscando com o experimento. Notamos alguns comportamentos incomuns que nos chamou atenção.

A partir disso, adicionamos uma etapa extra no experimento e decidimos entrevistar estes usuários para entender os cenários e comportamentos incomuns.

E isso trouxe ainda mais valor para o experimento, além de chamar atenção para outros pontos que poderemos dar atenção no futuro.

Resultados

Depois de concluir o experimento, passamos para etapa de tabulação de dados para então analisar os resultados das três lojas.

Somando os resultados com as entrevistas, conseguimos concluir e confirmar que a nossa hipótese de solução era uma possibilidade viável para resolver o problema do nosso cliente.

Este foi um exemplo curto e simples, mas o ponto é: no processo de discovery levantamos inúmeros cenários e possibilidades, além de tudo que vem de fora. E muitas vezes temos de descartar boas hipóteses mas que seriam arriscadas de dar continuidade. E é aí que o experimento pode ajudar, porque não voltar um pouco na essência da hipótese para criar um cenário de teste possível sem tanto esforço técnico?

O experimento pode te ajudar desde hipóteses pequenas até dar a chance de validar aquela ideia que parecia “loucura”.

Se você quiser dar continuidade no assunto, da uma olhadinha neste artigo: Entrevistando clientes — como ouvir melhor para criar produtos melhores.

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Product Designer da OmniChat— UX/UI

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